Há, em todas as situações, duas formas de olhar para as emoções. Como uma força impulsionadora, que te direciona e te faz entrar em ação, de forma a que consigas entregar e criar o melhor de ti, ou então, como um limitador.
Tu queres, certamente, ser bem sucedido(a), no entanto, para lá chegares precisas de ação, e são as tuas emoções que te vão colocar em ação.
Ao contrário da grande maioria das pessoas que acham que as emoções são algo controlável, eu acredito que as tuas emoções são como o mar: estão sempre em movimento. E é impossível controlar esse movimento. O que tu consegues fazer, é regular as tuas emoções para elas trabalharem a teu favor.
Antigamente eu pensava que foco e disciplina eram um estado que, quando atingido, era permanente, e quem estivesse nesse estado, nunca errava. Só que isso é uma ilusão.
Quando erras, existe um estado emocional negativo. E se não estiveres atento(a) à regulação das tuas emoções, vais rapidamente perder a clareza do que é verdadeiramente importante.
Então, para teres controlo emocional, tens que ter a capacidade de entrar num estado negativo e automaticamente, voltares para o teu estado de maior recurso.
Quando algo acontece que não controlas, e entras nesse estado emocional, colocas em causa tudo o que fizeste para atingir o teu objetivo. E é nesse momento que vais sentir emoções como o medo, a frustração, a desilusão, a culpa, a raiva.
Por isso, tens de aprender a olhar para as tuas emoções como algo que podes sempre utilizar a teu favor, independentemente da situação ou das emoções que estás a sentir.
Aprende, de uma vez por todas, a interpretar e a usar as emoções a teu favor.
Medo
Muitas vezes esta é a emoção a que atribuis a responsabilidade de não entrares em ação.
Para saberes interpretar o medo, tens que estar no presente, e assim conseguires fazer algo com essa informação, como um sinal de preparação para o que pode vir a acontecer no futuro.
Para lidares com o medo, primeiro tens de o aceitar e sentir, lembra-te: aquilo a que resistes, persiste.
Frustração
Sempre que entras em ação, obviamente que esperas resultados, acontece que isso nem sempre é assim tão simples, e muitas vezes a tua ação não te está a levar ao resultado. É aí que surge a frustração.
A frustração tem a função de te levar à consciência de que o que estás a fazer não está a resultar, e que precisas de mudar a estratégia, o plano, pois esse caminho não te está a levar ao objetivo.
Desilusão
A desilusão surge quando estás muito focado(a) e disciplinado(a) e acontece algo que te impede de atingir o objetivo, e nesse momento pensas em desistir.
Por isso, esta emoção leva-te a avaliar se o objetivo é importante, se vale realmente a pena, como tal, o sinal da desilusão serve para ajustares o objetivo.
Culpa
A culpa é o contrário do medo. Enquanto o medo te coloca no futuro, a culpa coloca-te no passado. A culpa tem o propósito de te fazer olhar para trás e conseguires identificar o que aconteceu para que não aconteça mais.
Tu só mudas quando elevas a tua consciência, é isso que te vai fazer mudar e ter outros resultados. A culpa tem essa capacidade, pois leva-te a olhar para algo que fizeste e que deves aprender para retirar a informação necessária e fazeres algo com isso.
A culpa é um sinal de aprendizagem. Assim, para que consigas utilizá-la a teu favor tens que aceitar e perdoar, a ti e aos outros.
Raiva
E a raiva deriva da frustração. Tu não mudas, continuas a fazer a mesma coisa, logo não conquistas o resultado que queres e surge a raiva.
A raiva tem por objetivo levar-te a mudar a estratégia, mas no sentido de não permitires que o que aconteceu, aconteça de novo.
Se tu souberes utilizar a raiva, esta pode até dar-te a energia que precisas.
Não queiras não sentir as emoções, desenvolve é a tua capacidade de agires mais rapidamente, no sentido de recuperares o teu foco e a tua disciplina.
Sente o tempo que tiveres de sentir, retira as lições que tiveres de retirar, para depois levantares a cabeça e seguires em frente mais forte e mais sábio(a).
Atenção: se não usares as emoções a teu favor, elas acabam por te usar a ti.
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