Relacionamentos de Alta Performance

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O quão presente estás nos teus relacionamentos? 

Normalmente quando falamos em relacionamentos, pensamos em relacionamento íntimo e afetivo. 

Este tema é muito importante. É preciso realmente entender essa dinâmica, para que possamos melhorar ainda mais o nosso relacionamento, ou para quem não tem ainda um relacionamento, e quer ter, para que se possa preparar para vivê-lo no futuro. 

Mas hoje quero falar sobre relacionamentos numa perspectiva mais abrangente. Vamos refletir sobre relacionamentos de amizade, profissionais e também sobre o relacionamento contigo.

Eu acredito que os relacionamentos que nós temos com os outros são consequência do relacionamento que temos connosco próprios. Ou seja, muitas vezes é um espelho. 

Da mesma forma quando falamos sobre comunicação: a forma como eu comunico com o outro, muitas vezes é o reflexo da forma como eu comunico comigo. 

Existe um estudo que foi feito recentemente que demonstrou que durante a pandemia houve um aumento da solidão. 

Isso surpreendeu-me por um lado e por outro lado, nem tanto. 

Porque o que aconteceu foi que durante a pandemia houve um maior contato no mundo virtual, e um desligar do mundo off-line. 

É claro, houve uma necessidade mandatória de nos distanciarmos das pessoas, dos amigos e até da família, por questões de segurança. 

Mas curiosamente esse distanciamento foi mais sentido dentro da própria casa. 

Ou seja, pessoas da mesma família acabaram por se afastar dentro do mesmo ambiente, ao se aproximarem de outras pessoas no mundo virtual. 

E esse estudo fala justamente sobre isso: sobre a solidão e o distanciamento fruto desse conceito digital que nós hoje temos.  

Uma das coisas que deves ter em conta ao pensar em relacionamentos, é isso mesmo. A aproximação digital versus o distanciamento social. 

– O quão presente estás nos teus relacionamentos? 

– O quão entregue estás aos teus relacionamentos? 

Lembra-te: aquilo que estás a dar nos teus relacionamentos, é aquilo que vais receber. 

Durante algum tempo, trabalhei muito com Coaching de Relacionamentos. 

E quando alguém vinha ter comigo para trabalhar os seus relacionamentos, uma de duas coisas estava presente: ou o meu cliente falava só da outra pessoa, ou seja, o que a outra pessoa fazia ou não fazia e devia fazer, ou então vinha dizer que não era ele próprio que tinha que mudar, e sim a outra pessoa. 

Quando falamos em relacionamentos, a primeira coisa que tens a fazer é pôr-te em causa.

– De que forma estás a agir nos teus relacionamentos? 

– Estás a fazer a tua parte? 

– Estás a escutar o outro?

– Estás a usar a tua individualidade e a permitir que o outro tenha a sua própria individualidade? 

Muitas vezes um relacionamento torna-se numa dependência. 

Observa a dinâmica de relacionamentos: 

Quando falamos em relacionamentos, existem duas individualidades e existem duas energias: masculina e feminina. E o que deve existir para este relacionamento ser saudável, é uma interdependência e não uma dependência.

Isso quer dizer que existe uma parte em cada um de nós, que deve ter a sua individualidade, ou seja, o seu gosto próprio, a sua particularidade. 

Um relacionamento deve ter espaço para essa individualidade e também para as coisas em comum do casal. 

Aquilo que se vê muitas vezes é uma dependência do casal. E tem que haver esse espaço, para que cada um tenha as suas particularidades individualmente, e o casal as suas particularidades em conjunto. 

E tu deves ser responsável por desenvolver essas particularidades, não deves ficar à espera que o outro o faça. 

Há também uma outra parte, em que tu contribuis para o bem estar da outra pessoa. 

Tens que ter em conta que tu não vais para o relacionamento para receber, e sim para entregar. 

Se tu vais para um relacionamento com o mindset de entrega para receber algo em troca, isso não é um relacionamento, é uma transação comercial, é uma venda. 

E tens que ter em conta também que não és o responsável pela felicidade da outra pessoa! Nem a outra pessoa é responsável pela tua felicidade!

A felicidade faz parte dessa individualidade, que cada elemento do relacionamento tem. 

O que eu quero dizer com isto, é que tu és responsável por cuidar de ti. Não é a outra pessoa que é responsável por cuidar de ti. 

Por exemplo, eu entrego-te um conteúdo, mas não sou responsável pelo que vais fazer com ele. Tu és o responsável por aplicar esse conhecimento na tua vida. 

Num relacionamento és exclusivamente responsável por cuidar de ti. 

O que não quer dizer que não faças por contribuir numa situação que a outra pessoa tenha. Tu podes e deves contribuir, mas a responsabilidade não é tua. 

Até porque existe uma outra esfera dentro do relacionamento, que é a esfera em si do relacionamento, é uma terceira individualidade. Aqui é onde o casal faz coisas em conjunto. 

Mas para que isso possa existir de forma saudável, existe uma construção de cada um, dentro da sua própria individualidade, para que o alimentar dessa relação possa funcionar. 

É aqui que tu deves questionar:
1) De 0 a 10, o quanto estás presente no teu relacionamento? Ou seja, estás totalmente entregue e a nutrir no teu relacionamento? 

2) De 0 a 10, o quão fã és da outra pessoa? Isso quer dizer que admiras o outro, que torces por ele e que queres o seu melhor? 

3) De 0 a 10, quanto estás a entregar genuinamente, sem quereres receber nada em troca?

Precisas que faças uma avaliação realista, que te demonstre se o resultado que estás a ter na tua relação, é da tua responsabilidade ou não. 

Qualquer número que for inferior a 10 é um indicativo de que a responsabilidade é tua, quer dizer que és tu que precisas de fazer mais!

É essa mentalidade de responsabilidade e de estar em causa que precisas de desenvolver nos teus relacionamentos. 

Quando falamos em relacionamentos, há a responsabilidade de cada uma das partes, e uma responsabilidade repartida. E a principal é a tua própria responsabilidade.

Qual é a tua responsabilidade? 

Tens que pensar na tua identidade e individualidade. Pois existe aquilo que são os teus valores e as tuas regras e as tuas experiências. Em termos de relacionamento íntimo, a nossa maior escola são os nossos pais, e essa experiência faz parte da sua própria identidade. Em termos de amizade, são as relações que formos construindo ao longo da vida, na escola, onde moramos e onde vivemos. E em termos profissionais, geralmente são as relações que construímos no início da nossa carreira. E em cada parte do relacionamento existe essa identidade e individualidade, que são distintas. 

Há aqui um sistema de crenças e regras que estão a contribuir ou a limitar a tua forma de estar num relacionamento. 

Quando fazes esta análise, tens que fazê-la tendo em conta o que tem a ver contigo próprio em termos de identidade, e o que tem a ver com a outra pessoa em termos de comportamento. 

A nível mental isso faz muita diferença. 

– O que deves pensar em termos de identidade e de comportamento? Pois a pessoa não é o que ela faz, não se limita a um comportamento específico!

– O que existe em termos de comportamento na outra pessoa que tu queres ver mudado? Isto é muito diferente de querer ver mudada a identidade da outra pessoa. 

E também deves fazer uma instrospecção sobre aquilo que tu próprio deves fazer. 

Pode parecer a mesma coisa, mas não é.  

Depois de fazeres essa análise, surgem as “conversas desconfortáveis”. 

Tu precisas primeiro ser honesto contigo próprio. 

– O que no relacionamento não está bem que tem a ver contigo, e o que não está bem que tem a ver com o comportamento da outra pessoa? 

E depois precisas de sair da solidão do ecran, a que muitos de nós nos colocamos atualmente, e ficares “olho no olho” com a outra pessoa. 

Quando existem essas conversas com honestidade, estás a demonstrar respeito não só por aquilo que é a tua identidade dentro do relacionamento, mas também pela individualidade da outra pessoa. 

Essas conversas desconfortáveis e honestas precisam ter uma perspectiva de conflito vs confronto. 

O que quer isso dizer?

No Conflito tu tens duas posições distintas e a conversa é feita numa perspectiva de desenvolvimento, ou seja, é um ganha-ganha, ninguém quer ter razão, ambos querem construir, ou seja, há espaço para ouvir e entender a outra pessoa. 

No Confronto há uma perspectiva de ganha-perde. Para um ganhar, o outro tem que perder, não há crescimento, nem um ganho em conjunto. 

E quando abres espaço para estas conversas conflituosas, estás a abrir espaço para o crescimento e desenvolvimento da relação, assumindo o teu papel em fazer algo diferente.

Não precisas estar de acordo com a outra pessoa, mas precisas de entender a outra pessoa. Tens que ter uma perspectiva do “nós”, e não do “eu”. 

O que fazer para ter um Relacionamentos de Alta-Performance?

Construir os 3 Es do relacionamento: 

EMPATIA – criar uma ligação com quem estás a falar e entender a outra pessoa, mesmo quando não estás de acordo. Ainda que para ti não faça sentido, tens que ver o mundo com os olhos da outra pessoa. Quando fazes isso, estás a respeitar a individualidade do outro.

ENTUSIASMO – O objetivo é sair de uma conversa desconfortável com um acordo, com um plano para melhorar o relacionamento. E que cada um faça a sua parte com honestidade. Deves colocar energia naquilo que queres que aconteça e não naquilo que não queres. E não deves esperar por uma mudança instantânea. É aí que o entusiasmo é importante. É ter um interesse genuíno da tua parte em querer ver as coisas melhorarem. 

ENCORAJAMENTO/EMPODERAMENTO – Para que este “E” seja possível, é preciso desenvolver primeiro a empatia e o entusiamo. Quando tens os dois primeiros “Es” desenvolvidos, tens o encorajamento, que é apoiar a outra pessoa ou empoderar a outra pessoa. Ou seja, potenciar o melhor do outro. 

Quanto mais cedo colocares em cima da mesa aquilo que não te deixa confortável numa relação, mais hipóteses tens de crescer e desenvolver o teu relacionamento. 

E isto aplica-se a qualquer tipo de relacionamento. 

Por isso quero-te convidar a aplicares este conhecimento ainda hoje. 

Se calhar, começares a fazer aquela análise a ti próprio.

Assumires a tua responsabilidade ao colocares em prática este ensinamento ainda hoje. 

Aí sim vais ter um relacionamento de alta-performance!


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