Porque falhamos na Mudança de Hábitos?

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O insucesso obtido quando queremos mudar os nossos hábitos, muitas vezes não se prende com estarmos a fazer algo de errado, estamos apenas a realizar a mudança na direção errada. 

Estamos demasiado focados em atingir uma meta, que nos esquecemos do que ela realmente representa e daquilo que é necessário para atingi-la. 

Para percebermos melhor qual a direção que devemos tomar para que a nossa mudança ocorra, precisamos de entender melhor os três níveis do comportamento.  

Quando falamos sobre hábitos, podemos dizer que a mudança pode ocorrer através de 3 níveis de comportamento.

O primeiro nível está em mudar os nossos RESULTADOS. Este nível tem a ver com a mudança de objetivos: perder peso, ler um livro por semana, meditar 2 vezes por dia. Estamos focados em atingir um resultado, uma meta. E uma meta é uma mudança momentânea, podemos atingir resultados através da mudança das nossas ações sem que isso represente uma mudança dos nossos hábitos.

O segundo nível está na mudança do PROCESSO. Este nível tem a ver com a mudança dos nossos métodos: aplicar uma nova rotina de exercício físico, organizar o nosso local de trabalho, desenvolver uma prática de meditação. 

Ao tomarmos a decisão de criar um processo que nos permite atingir consistentemente os resultados que ambicionamos, a mudança torna-se mais duradoura e os resultados não são apenas uma meta, passam a ser uma consequência natural do processo que criámos.

Mas a excelência dos nossos hábitos só é atingida quando atingimos o terceiro nível, o nível da IDENTIDADE

Este nível é sobre a alteração daquilo em que acreditamos: a visão do mundo, a imagem de nós próprios, os juízos que fazemos, as nossas convicções e os nossos valores. Ocorre quando os nossos hábitos já não são apenas um processo bem conhecido por nós, e sim, parte daquilo que nós somos e acreditamos.

Os resultados têm a ver com o que conseguimos. Os processos com aquilo que fazemos. A identidade com aquilo em que acreditamos.

“A excelência é uma arte adquirida através do treino e da habituação. Não agimos de forma correta por termos virtude e excelência, mas obtemo-las por termos agido da forma correta. Somos o que fazemos repetidamente. A excelência, portanto, não é um ato, mas um hábito.” – Aristóteles

Por isso, alcançamos a excelência quando ela passa a ser uma parte da nossa própria identidade e isso se comprova através dos nossos hábitos. E para isso não é preciso mudar tudo de uma só vez, muitas vezes basta melhorar todos os dias 1% para que ao final de um ano estejamos já muito perto da excelência.

Quando procuramos criar hábitos duradouros – construir um sistema de melhorias de 1% – o problema não é haver um nível “melhor” ou “pior” que outro. À sua maneira, todos os níveis de mudança são úteis. O problema é a direção dessa mudança.

Hábitos lendários são criados quando ficam integrados na nossa identidade, a transformação ocorre quando somos a pessoa que domina o processo cujos resultados são meramente o reflexo daquilo que somos.

Essa, é então, a direção da mudança, a IDENTIDADE.