A qualidade da tua vida, é diretamente proporcional à qualidade dos teus relacionamentos.
Quantos de nós não tínhamos relações de amizade de longa data, que a certa altura da nossa vida deixaram de fazer sentido, porque começámos a ter outra forma de olhar para a vida?
Não há nada de errado nisso.
Da mesma forma, a qualidade dos teus relacionamentos interpessoais (com os outros) são reflexo da qualidade do teu relacionamento intrapessoal (contigo).
Quando tens um relacionamento com os outros, tens de saber analisar o teu peer group: de quem te deves afastar e de quem te precisas aproximar.
No teu relacionamento intrapessoal há 3 fatores que influenciam a tua relação contigo:
- A qualidade dos teus pensamentos;
- A qualidade dos teus sentimentos;
- A qualidade dos teus comportamentos.
Por outras palavras, o teu bem-estar influencia e é influenciado pelo que tu pensas, sentes e fazes.
A qualidade dos teus pensamentos está relacionada com as estratégias que utilizas no teu dia a dia, como por exemplo, a empatia que tens por ti. Isso significa muitas vezes que deves ser menos exigente contigo. Não é que a exigência seja má! Apenas é má quando não equilibras a exigência com a apreciação.
Toma nota: nunca, NUNCA vais conseguir ser, fazer e ter mais, se não apreciares primeiro o que já és, fazes e tens.
A compaixão é o nível acima da empatia quando juntas a empatia ao perdão. Seres empático, aceitares e usares a compaixão no sentido de pensares o que podes retirar de cada situação de tristeza, ao nível das tuas crenças e/ou objetivos.
Pensa na forma como tu comunicas contigo nos momentos menos bons. És compreensivo, és amoroso ou és extremamente crítico e julgador contigo?
Desenvolve antes uma comunicação de curiosidade e nos momentos mais difíceis pensa:
“O que posso fazer e aprender de diferente?”
Agora em termos dos teus resultados, de que forma eles estão a ser impactados pelas tuas emoções base?
Como estás a usar o medo? Está a bloquear-te, a fazer agir ou fugir?
Como estás a usar a frustração? Continuas a fazer a mesma coisa, a usar a mesma estratégia ou utilizas a frustração para fazer algo diferente?
Como estás a usar a desilusão? Continuas a correr atrás de um objetivo que já não é possível ou estás a utilizar a desilusão a teu favor, ao analisares e reajustares os teus objetivos?
Quanto ao nível do que fazes, precisas de perceber que comportamentos tens de manter, alterar ou eliminar. Pensa na tua fisiologia, porque quando mudas a tua fisiologia, isso cria uma alteração de estado.
Quando fazes um treino, uma caminhada, é comum que o que sentes depois seja diferente do que sentias antes desse exercício. Da mesma forma, aquilo que fazes no teu dia a dia, os teus hábitos, rotinas, comportamentos, tudo influencia o teu bem estar físico e psicológico e por consequência, a tua relação intrapessoal.
Por último quero que penses: quando estás no teu relacionamento contigo, estás a criar uma “estória” ou uma história?
Ou seja, estás preso no problema ou na solução?
História é o que existe na tua vida, é a versão que tu contas a ti próprio para conseguires SER aquilo que queres ser. A história está presa ao teu passado, eventos que aconteceram e que podem ainda hoje limitar-te e têm influência naquilo que és hoje.
Estória, é o que contas a ti próprio acerca desses eventos, o significado que lhes dás e que te limita, é quando o evento passa a ser o próprio significado.
Durante a nossa vida, vamos criando a nossa história contando “estórias” a nós próprios que criam impacto. Acontecimentos menos bons dão origem a significados, como não sermos merecedores ou não sermos capazes, que te levam a assumir uma posição de vitimização, tendo um impacto enorme na tua vida.
Tudo tem a ver com o significado que dás aos eventos!
O que diferencia a história da “estória”, é a capacidade que tu tens em atribuir um significado.
É quando percebes que as coisas não te acontecem a ti, mas PARA ti. Para te tornares mais forte e para desenvolveres algum tipo de consciência e olhares para a vida de outra forma.
O desafio que te deixo hoje é que CRIES A TUA HISTÓRIA.
Para estares bem com os outros, precisas primeiro de estar bem contigo.
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