É isso que te vai dar a motivação que precisas.
No dia 10 de outubro celebramos o Dia Mundial da Saúde Mental, um tema muito importante e cada vez mais corrente no nosso dia a dia.
Até há alguns anos atrás, este era um assunto tabu, até mesmo para mim.
Em 2003 passei por um momento menos bom, onde me vi com comportamentos depressivos. E de facto, até essa altura, eu não entendia como havia pessoas que alegavam estar com depressão. Até que eu experenciei algo semelhante e precisei pedir ajuda.
Fiz terapia durante 4 anos, o que me ajudou imenso e me trouxe uma clareza enorme sobre onde eu estava e sobre o meu passado.
E o que eu faço hoje, o coaching, surge muito provavelmente devido a este episódio onde eu não me sentia bem, não me sentia bem comigo próprio, com os meus pensamentos e não me sentia feliz.
Atualmente, 1 em cada 5 jovens entre os 15 e os 24 anos em Portugal, apresentam sintomas de depressão. Se é assim com os jovens, imagino que com adultos, 1 em 4 passa, ou já passou, por algo assim.
Portanto, é fundamental que nós possamos trabalhar o nosso bem estar mental.É fundamental que nós façamos qualquer coisa para cuidarmos de nós.
E o tema deste artigo tem muito a ver com isso.
O porquê é aquilo que nos move.
Falava sobre isso com os membros da minha Mentoria, quando apresentei o tema da Alta Performance.
Quando se fala em Alta Performance, pensamos logo em desempenhar mais. E tu já me ouviste falar sobre afastarmo-nos da mediocridade, de escolhermos de forma consciente não sermos medíocres – e digo medíocre no sentindo de não ficarmos na média. E alta Performance é isso mesmo, é nós desempenharmos acima da média.
Alta Performance é criar sucesso no longo prazo de forma consistente, acima das normas padrão.
É criar sucesso no longo prazo, de acordo com o que sucesso signifique para ti. Não fiques preso àquilo que a sociedade diz sobre sucesso.
Para algumas pessoas, sucesso pode ser passar tempo com a família, para outras pessoas é terem a sua carreira e fazerem aquilo que querem, ou terem um relacionamento absolutamente lendário, ou ter energia e saúde.
Se calhar, sucesso é uma combinação de tudo isso.
Não te deixes prender na definição de sucesso dos outros. Cria a tua definição de sucesso para teres um porquê forte na tua vida.
Quando falamos em criar um porquê, estamos a falar justamente disso, daquilo que nos move.
Para tudo aquilo que fazemos na nossa vida, existe um porquê, ou seja, um motivo por detrás daquilo que nós fazemos.
Podemos chamar-lhe motivação. Mas verdadeiramente o que está por detrás do que tu fazes, é o porquê. E precisas não só ter um porquê, mas um porquê suficientemente forte para que entres em ação.
Provavelmente, já me ouviste falar de uma ferramenta da PNL que é a ferramenta dos Níveis Neurológicos.
Esta ferramenta é uma pirâmide dividida em 6 áreas/ambientes.
Na base da pirâmide temos o AMBIENTE, que é composto pelo ambiente onde vives, ou seja, a tua família, a tua empresa, os teus amigos. O ambiente é o “onde” estás e “com quem”.
No nível acima temos o COMPORTAMENTO. O comportamento é tudo aquilo que fazes, como te comportas, são os teus hábitos e tuas rotinas, é o teu “o que”.
Depois, vais ter no nível acima as tuas HABILIDADES/CAPACIDADES, que é o teu “como”, a forma como fazes alguma coisa.
Neste nível é que muitos de nós dizemos: “Eu não mudo porque eu não sei como”, ou “Eu não faço porque não sei como.”
Muitos de nós pensamos em mudar, mas procuramos justamente o “como”.
De facto, é aquilo que tu fazes que vai criar resultado no teu ambiente. E o que fazes está ligado ao como fazes.
Aquilo que fazes e como fazes é importante. Mas se não houver um porquê, uma necessidade muito forte, a tendência é ires para a lei do menor esforço.
A lei do menor esforço é algo que nos leva a regressar sempre para a nossa zona de conforto, justamente porque não existe uma necessidade, um motivo para irmos mais à frente.
E se olharmos para esta pirâmide dos Níveis Neurológicos, essa necessidade tem a ver com o porquê. E o porquê tem a ver com o que acreditamos (as nossas CRENÇAS) e o que valorizamos (os nossos VALORES). E isso está no nível acima das habilidade e capacidades dessa pirâmide.
No nível acima da pirâmide temos a IDENTIDADE, que é o que “eu sou”.
E esse porquê tem muito a ver com o que eu sou.
“Eu sou alguém determinado”. Logo eu tenho um porquê em me superar, eu tenho um porquê muito forte para agir e sustentar a minha identidade.
E no topo dessa pirâmide temos aquilo que chamamos de MISSÃO, ou seja, o nosso propósito, é o “para que” fazemos alguma coisa.
Quando a pessoa procura a mudança, ela acaba por se focar nos 3 níveis mais baixos da pirâmide. No COMO, ou seja das HABILIDADES/CAPACIDADES, no seu COMPORTAMENTO e no seu AMBIENTE.
A maioria das pessoas coloca o foco no “como” porque assim abre mão da sua responsabilidade em agir.
O “como” está disponível no Google, o problema não é esse! Para fazeres alguma coisa precisas de criar o teu porquê!
E para teres um porquê, tu precisas de assumir a tua responsabilidade. Precisas de assumir como tua, a resposanbilidade de criares uma necessidade, pois quando há necessidade de algo nós fazemos acontecer!
Um carpinteiro pode ter a melhor madeira e as melhores ferramentas, e isso não faz dele um carpinteiro lendário. O que vai fazer dele um carpinteiro lendário, é o porquê dele querer criar um móvel.
O porquê reside naquilo em que tu acreditas e valorizas, então, para criares mudança na tua vida tens de te focar nos 3 níveis superiores dessa pirâmide: nas tuas CRENÇAS / VALORES, na tua IDENTIDADE, e na tua MISSÃO.
Em que precisas acreditar mais em relação a ti?
Em relação às tuas habilidades e capacidades?
Acredita em quem tu és para criar a tua missão!
Precisas acreditar em algo diferente sobre ti para criares a mudança que queres na tua vida.
Quando eu falo em “porquê” lembro-me de duas coisas: necessidade e fome, fome no sentido de desejo e ambição.
Todos nós, invariavelmente dos resultados que temos, ou da performance que temos, temos as nossas necessidades e os nossos desejos. E é por isso que fazemos o que fazemos, ou seja, é esse porquê que nos move.
Para teres resultados lendários, precisas de criar um porquê que te vai fazer mover, que te vai levar a agir.
É essa necessidade que te vai tirar da tua zona de conforto.
Além disso, o teu porquê precisa de ser mutante, o teu motivo precisa sempre de mudar. Porque o que te trouxe até aqui, não é o que te vai levar ao próximo nível.
O meu porquê que me fez entrar no mundo do coaching, não é o mesmo porquê que eu tenho hoje. O meu porquê era simplesmente ser feliz, e hoje, além de ser feliz, eu quero inspirar pessoas.
O porquê também tem 3 níveis.
Imagina um círculo dentro do outro. Lá no centro temos o primeiro nível do porquê, que é o nível do EU.
É quando tu tens um porquê que tem só a ver contigo, é individual.
E tu deves pensar também nisso em outros 3 níveis: o nível do ter, fazer e ser. Aquilo que tu queres na tua vida, aquilo que queres desempenhar e o que que queres ser.
O porquê individual é onde tu começas.
No circulo de fora, além do EU, tens o porquê SOCIAL.
Esse porquê é quando algo não tem a ver contigo. Pode ter a ver com a tua família, com a tua comunidade, com a tua equipa. Esse porquê é mais forte, porque a nível individual, quando tu falhas, a falha diz respeito somente a ti. Mas a nível social, a falha tem impacto na vida de outras pessoas.
Em última instância, tens o círculo de fora, o porquê a nível GLOBAL. O porquê global não é apenas individual, nem tem a ver só com o teu círculo social. Tem a ver com o país, com a sociedade, com a humanidade.
O teu porquê, seja a que nível for, está ligado com a tua visão. Quando eu pergunto:
“O que queres para daqui a 6 meses, daqui 1 ano daqui a 10 anos?”.
Essa é a tua visão. E o porquê está muito ligado a isso.
E o que é mais importante? Criar a visão primeiro ou o porquê primeiro?
A tua visão resulta do teu porquê. Sem porquê, não tens ambição.
Mas muitas vezes o teu porquê vem da visão. Tu crias a visão e descobres o porque queres chegar lá.
E é impossível pensar em Alta Performance sem uma visão e um porquê.
Quem desempenha em alta performance, tem foco. O foco vem da visão, vem da clareza de saberes onde estás e onde queres estar. E é este foco que te vai levar a entrar em ação.
Em Alta Perfomance, também precisas de ter compromisso em fazer acontecer. E é o teu porquê que te vai fazer ter compromisso.
O foco e o compromisso gera disciplina. Esquece a motivação. A motivação vem do porquê.
Se tens foco, compromisso e disciplina, tu crias a consistência, que é a repetição.
O curioso é que isto é um ciclo, e quando tu fazes isso, tu crias a determinação, e a determinação é o teu porquê. E isso é um ciclo contínuo.
E lembra-te, a tendência é estarmos em conforto, e ficamos em conforto quando não temos uma necessidade.
Se sentes que estás estagnado, procura criar um porquê. É isso que te vai dar energia para entrares em ação.
Neste momento, qual precisa ser o teu porquê individual e social?
Cria um porquê AGORA!!!
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