Estás satisfeito com os teus resultados?
Encerrámos agora o primeiro trimestre do ano.
Como o tempo passa rápido! E num instante, o ano já acabou, e começámos tudo de novo, a criar novos objetivos e novas expetativas.
Ao analisar este primeiro trimestre, de 0 a 10, o quanto sentes que estás a realizar aquilo que definiste como metas para este ano?
Estás satisfeito, ou começas a sentir uma pontinha de desilusão?
É sobre isso que vamos refletir aqui, sobre DESILUSÃO.
A desilusão é uma emoção que surge quando a realidade não corresponde à expectativa.
Tu podes ter traçado um objetivo para este início de ano, e ao chegar a esta altura, percebes que nada do que imaginaste aconteceu, e por isso sentes-te desiludido.
E a desilusão, normalmente, vem seguida da desistência. Ou leva a outras emoções, como a frustração e a raiva.
Para que isso não aconteça, é preciso estar atento a algo a que em coaching nós chamamos de estar “em causa” ou “em efeito”, pois a desilusão só acontece quando nós abrimos mão da nossa própria responsabilidade sobre o que nos acontece.
Estar em causa é quando tu assumes a responsabilidade sobre um determinado resultado, independentemente daquilo que pode vir a acontecer.
Quando nós começamos a perceber que é preciso assumir a responsabilidade por tudo aquilo que nos acontece, isso dá-nos aquilo a que eu chamo o nosso poder pessoal. E por outro lado, tira-nos o “direito” à “vitimização”. Pois a partir do momento em que assumimos a causa por tudo aquilo que nos acontece, nós perdemos o direito de nos vitimizarmos. Por isso, há muitos que ainda resistem a estar em causa, e acabam por sofrer com a desilusão.
Lembra-te que a desilusão tem a ver com uma expetativa que criaste e não se concretizou.
A partir de agora, para estar mais em causa, pergunta a ti mesmo:
Qual é o teu papel nesse cenário?
O que podes mudar para ter um resultado mais de acordo com as tuas expetativas?
O que podes fazer ainda melhor?
O que podes fazer para estar mais em causa e assumir ainda mais a tua própria responsabilidade neste evento?
A desilusão não é um sinal para que desistas de um objetivo!
Há pessoas que estão agora a terminar o primeiro quarto do ano, não obtiveram os resultados que esperavam e já desistiram dos seus objetivos. Mas, por que razão, se ainda faltam 9 meses para o ano acabar?
Quando tu te sentires desiludido, é porque não estás a assumir a responsabilidade pela concretização do objetivo e pelos resultados que obtiveste.
A desilusão é um convite para a resiliência.
Há quem diga que já tentou fazer determinada coisa, como controlar as suas finanças, melhorar a sua atividade física, ou qualquer outro objetivo, e nunca consegue alcançar o resultado que espera. E diz que já tentou de tudo!
Então, eu digo: não tenta, faz! Não existe tentar!
A principal razão para falharmos é justamente essa, tentar fazer. E tentar é diferente de fazer. E quem já tentou tudo, não fez nada…
A única razão para não atingirmos alguma coisa, é desistir antes de realizar, é quando abrimos mão de algo.
Aqueles que vivem em alta performance têm a consciência da necessidade de sermos resilientes diante aquilo que a vida nos trás. E nunca desistem dos seus sonhos.
Eu mesmo já estive a refletir e percebi que eu nunca desisti de nenhum sonho meu, e quando o fiz, foi porque entendi que aquele sonho já não me fazia mais sentido.
Dessa forma, a desilusão é um convite para que tu possas reavaliares, redefinires e ajustares um objetivo.
Se és alguém que se sente desiludido com os resultados que obteve neste primeiro trimestre, pára, faz uma reunião contigo por 30 minutos, e pensa:
O que aconteceu? Estiveste comprometido o suficiente?
Assumiste a tua responsabilidade nos teus resultados?
Deste tudo o que tinhas que dar para obter os resultados esperados?
Criaste uma expetativa demasiada alta para a tua realidade?
Houve alguma condicionante que tu não controlaste?
Começa a desenvolver o teu pensamento estratégico versus o teu pensamento de vitimização.
Uma coisa é certa. Nós podemos sempre escolher onde vamos colocar a nossa energia. Pára de encontrar desculpas e assume a tua responsabilidade.
A tua vida é uma História, faz dela um best seller!
O pensamento estóico tem uma característica que diz que a maior parte de nós utiliza o seu dia para pensar no que pode correr mal, em justificativas, em vitimização… Enquanto tu podes usar esse pensamento de forma estratégica, para antecipar o que pode acontecer de errado.
A melhor forma de lidar com a desilusão é antecipares o que pode acontecer.
Tu podes até pensar no pior cenário, no pior que pode acontecer, para te preparares, para um plano B.
“Brace for impact”, ou seja, prepara-te para a colisão!
Nós fomos desenhados para isso, para pensar no pior que pode acontecer. O que precisamos é antecipar-nos para encontrar uma solução, pensar:
O que se pode fazer agora?
Nós devemos entrar em modo racional e usar o pensamento de forma estratégica. Tu deves pensar nos próximos passos e encontrar a melhor solução para o cenário que estás a viver. É quase como criar um plano de contingência.
Tu podes estar agora a pensar: “Isso é muito difícil”.
Sim! Muitas coisas são difíceis. O que devemos fazer é escolher qual o difícil que queremos viver…
A vida é o nosso maior treino. Os nossos desafios são os nossos maiores treinos.
O quanto é importante para ti alcançares os teus resultados?
Estás a criar o teu pensamento estratégico?
Estás a fazer o que precisa de ser feito?
Fica a saber que a maior fonte de desilusão somos nós próprios.
Se estás desiludido, pára e faz agora a tua reavaliação.
E não te culpes, ao invés disso, assume a responsabilidade para fazeres o que tem que ser feito.
É um difícil possível!
O que é impossível de alcançar, é o que leva um pouco mais de tempo a alcançar, do que o possível.
E isso é uma questão de treino!
Desilusão é um convite para que tu possas fazer uma análise para fazer algo diferente. É um convite para que tu te transformes em alguém melhor.
Agora que conheces o significado da desilusão, qual será o teu pensamento estratégico para alinhar as tuas expetativas com a tua realidade?